quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Conexão Bahia e Minas -Carlos Moore, Gramática da Ira e Corpo Negro - Nossos Ideais enraizados.

Axé Quilombolas Internáuticos!
O espaço hoje aqui reservado, é mais que uma homenagem, aliás,são várias coisas; agradecimento, compromisso, militância e por aí vai.
Gramática da Ira é o Blog pai deste quilombo virtual, corpo Negro expressão e Cultura. È cuidado por um irmão baiano (gosto de chamá-lo assim), Nelson Gonçalves, melhor, Nelson Maca, militante do Movimento HIp HOp na Bahia ; pesquisador musical, professor de literatura, produtor Cultural, poeta, Homem negro. Conheceremos mais de perto em breve, aqui neste quilombo Virtual.
O caso é que compartilho algumas lutas com esse cara e atendendo a um pedido, aceito com muitíssimo prazer, apresentaremos aqui uma obra , o livro PIchón do nosso também amigo e mestre Professor Carlos Moore.
O professor Carlos Moore é cubano. Etnólogo e cientista político, se formou na universidade de Paris-7, na França como Doutor em Ciências Humanas e Doutor em Etnologia, lindo! Porém, mais que isso, Carlos Moore é mais um dilacerador contra as injustiças raciais, não como acadêmico apenas, mas como militante , profundo conhecedor de corpo alma de tais falácias.
Pichón é um exemplo de tais vivências. Experiências de vida e morte. Como diz meu irmão Maca, " Tem que ter estômago!"
Abaixo, segue matéria e imagens que divulgam a obra, as mesmas, foram reproduzida do Blog Gramática da Ira.

!No dia 1º de novembro será lançado nos Estados Unidos o livro de memórias de Carlos Moore, PICHÓN, esperado por longo tempo por muitos que anseiam mais informações sobre questões como as relações étnicas em Cuba. O Mestre Carlos Moore tornou-se um dos personagens centrais dessa história, tendo passado mais da metade de sua vida na condição de exilado político em vário países do mundo.Hoje, paradoxalmente, tenho a felicidade de ser não somente seu discípulo por auto-definição mas também amigo ao lado e vizinho próximo na nossa Bahia Preta. Não bastasse isso, para nossa estima, ele tornou-se admirador, colaborador e parceiro do Coletivo Blackitude: Vozes Negras da Bahia.Mais especificamente, no seu novo livro, PICHÓN, primeira parte da trilogia de sua vida política, Carlos Moore narra o grande conflito que surgiu cedo no seio da Revolução Cubana. Segundo seu testemunho, o regime revolucionário castrista promoveu a destruição do Movimento Negro Cubano, na época dirigida por grandes intelectuais do gabarito de Walterio Carbonell e Juán Rene Betancourt Bencomo..Carlos Moore lembra-nos que Carbonell passou oito anos nos campos de trabalho e nos manicômios cubanos, falecendo no mês de abril de 2008, em Cuba, em total esquecimento.Betancourt Bencomo teve de fugir para o estrangeiro, morrendo pouco depois na cidade de Nova Iorque. Os outros militantes foram internados nos campos de trabalho forçado.O autor de PICHÓN experimentou de tudo isso um pouco, eu sei!!Trata-se de um relato que denota uma página brutal e desconhecida da Revolução cubana. Para mim, e para muitos que cresceram, tendo naquela experiência revolucionária um exemplo de soberania e resistência do oprimido, o livro instala e/ou reforça um golpe duro, questionando nossas crenças mais arraigadas. Mas não se trata da negação total da experiência castrista, coisa que o livro não se dispõe a fazer. Pontualmente, mexe naquilo que mais move meu ativismo: a questão racial!Os textos de Carlos Moore que abordam o conflito racial em Cuba sempre instalaram grandes polêmicas ao redor do mundo - pelo seu caráter corajosamente divergente.Independente da pré-disposição política de cada um, penso que todos que querem, realmente, pensar e encarar os conflitos raciais devem ter a coragem de ler esse livro - como resposta a uma provocação que pode reforçar ou reorientar nossas convicções.. Como sempre nos lembra o autor, essa é uma daquelas obras de difícil distribuição como toda abordagem crítica em torno dos paradigmas que norteiam as discussões étnicas “oficiais”.Em Carta Aberta a seus amigos, ele afirma que todos os militantes que puderem adquirir o livro, mais do que favorecer a pessoa de Carlos Moore estará expressando “um gesto de solidariedade dos militantes Afro-brasileiros com o povo, também majoritariamente negro, de Cuba e uma homenagem para a memória daqueles que sofreram, ou morreram, para defender as reivindicações sócio-raciais que hoje nós temos levantado como bandeira.”O livro PICHÓN não deve ser silenciado. Faça a sua parte!Não é fácil encarar nossos fantasmas, eu sei, mas, se estamos na chuva, deixemos a chuva nos molhar! Depois, alma lavada, pessearemos sob o sol da luta encarnada!Nelson MacaBlackitude Vibration!"Exu Opaco em Espelho Turvo!"*Distribuidor exclusivo de PICHÓN: http://www.amazon.com/
*Ps Acessem - http://gramaticadaira.blogspot.com

Agradecimento especial Nelson Maca, meu carinho e meus respeitos, juntos e misturados.

Axé ,

Luciana Matias.


Um comentário:

Nelson Maca disse...

Luciana,
juntão!!
E aquilombados!

Obrigado,Irmã!

Nelson Maca - Blacktitude.Ba