domingo, 3 de maio de 2009

Ancestralidade Herança do Corpo

Olá Quilombolas Internáuticos,
A Cia. Baobá deixa seu recado, hoje por aqui.
Um belo espetáculo, sobre a arte cênica do corpo, na linguagem da dança. Remete-se em uma possobilidade de interpretação, em que a dança sempre fez parte do contexto humanístico.
O recorte deste espetáculo, refere-se á cultura de matriz africana e afro brasileira, ocupando um espaço de interpretação de dança contemporânea desta matriz.
Vale a pena conferir, não somente pela beleza gestual, mas também pelo figurino e cenário que estão belíssimos.
Sobre a concepção do espetáculo, este, foi sonhado, parido, dirigido, e coreografado, por Júnia Bertolino, onde em breve faremos uma entrevista com esta pesquisadora negra, das performances negras. È mais um convite, para estarmos cada vez mais próximos nesta conexão de paixões e lutas, em nosso quilombo virtual.
Axé,
Luciana Matias.

Sobre a Cia. Baobá
Criada em 1999, por Júnia Bertolino junto com o também bailarino e coreógrafo William Silva e o músico Jorge Áfrika, a Cia. Baobá de Arte Africana e Afro-brasileira surgiu para resgatar no cenário das artes cênicas de Belo Horizonte a representação e valorização das matrizes africanas presentes na identidade do povo brasileiro, retratados através da dança, música, poesia e teatro, a partir de pesquisas sobre a presença dessas matrizes no caldeirão da cultura nacional. Este ano Cia. Baobá completará dez anos de estrada e apresentar seu novo espetáculo de dança, intitulado “Ancestralidade: Herança do Corpo”. Concebido, dirigido e coreografado por Júnia Bertolino e direção cênica Evandros Nunes, sendo que o primeiro trabalho da Cia é o espetáculo Quebrando o Silêncio.


Ficha técnica:

“Ancestralidade: Herança do Corpo”, da Cia. Baobá de Arte Africana e Afro-brasileira
Direção geral e coreografia: Júnia Bertolino
Direção Cênica: Evandro Nunes
Direção musical: Mamour Ba
Consultoria artística: Rui Moreira
Preparação corporal: Mestre João Bosco
Figurino: Marcial Ávila e Lu Silva
Cenário: Luciana dos Santos
Iluminação: Geraldo Otaviano
Cabelos e maquiagem: Dora Alves, Marisa Veloso e Lú Santana
Registro fotográfico e audiovisual: Netun Lima, Renata Mey e João Álvaro
Elenco: Júnia Bertolino, William Silva, Fred Santos, Alex Diego Tamborilar, Eric Delo, Jander Ribeiro, Evandro Nunes, Lu Santana, Lu Silva, Andréia Pereira, Gaya Dandara Campos, Gabriela Rosário, Camila Rievers, Gilmara Guimarães e Marisa Veloso.
Elenco convidado: Mestre João Bosco
Músicos convidados: Mamour Ba e Cheikh Ba




Sobre Júnia Bertolino
Com formação em comunicação social (jornalismo) e Antropologia com especialização em Estudos Africanos e Afro-brasileiro, Júnia iniciou-se na dança afro em 1995, no Centro Cultural da UFMG com o professor Evandro Passos, criador da Cia. de Dança Afro-brasileira Bataka. Nessa época, foi convidada para ser uma das bailarinas da Bataka, a primeira companhia a que pertenceu, com a qual viajou para apresentações na Itália, durante o Festival Internazionale del Folklore, em Roma. Foi bailarina convidada dos espetáculos “Brasil Mestiço” (1996) e “Kizomba – 500 anos”, da Cia. Danç’Arte de Marlene Silva.
Em 1997, passou a integrar a Cia. de Arte Primitiva, dirigida pelo Mestre João Bosco, com quem aprimorou sua técnica na dança. Até que em 1999, fundou junto com Jorge Áfrika e William Silva a Cia. Baobá de Arte Africana e Afro-brasileira.
Dentre muitas apresentações e espetáculos, em 2007, Júnia foi convidada para integrar o Coletivo Afro Minas, criado pelo bailarino Rui Moreira, para montar e encenar no Verão Arte Contemporânea o espetáculo “Thiossan” (na tradução em wolof quer dizer “tradição”), dirigido por Mamour Ba, em que dividiu palco com o próprio Rui e o Mestre João Bosco, com trilha do grupo Conexão Tribal African Beat, de Mamour. No cinema, destacam-se as participações nos filmes “Uma Onda No Ar” (2001), de Helvécio Ratton, e “Vinho de Rosas” (2003), de Elza Cataldo. No teatro, participou das peças “Besouro Cordão de Ouro” (2007), de João das Neves, e do espetáculo montado na 4ª edição do Festival de Arte Negra (FAN) pelo Coletivo FAN da Cena, intitulado “Árvore do Esquecimento”, dirigido por Grace Passô, Luis de Abreu e Jessé de Oliveira. Atualmente faz parte da Diretoria de Arte do NEGRARIA – Coletivo de Artistas Negros/as.

*Ps; cedidas por Júnia Bertolino.


Um comentário:

Unknown disse...

ola meu nome é Renato vieira mora em açailãndia -ma sou educador de dança e queria mais informaçoes
meu imail:negodanca@hotmail.com
fone :(99)91379634