Olá Quilombolas Internáuticos;
Postei a entrevista realizada na UNB de Brasília, pelo sociólogo português, Boaventura, por achar pertinente esta contribuição.
Nós, mulheres e homens de pele preta, gritamos todos os dias, que este país é racista e lutamos sim, pela tão sonhada democracia racial.
O racismo está presente nas vísceras desta sociedade hipócrita e, como tudo, neste período contemporâneo, a teoria do embranquecimento, também, está se sofisticando.
Quando mencionamos a palavra R-A-C-I-S-M-O, todos os corpos se movem, é quase cômico, se não doesse tanto. Falar de racismo dói, porque na verdade, estamos falando de disputa de poder.
Passaram-se seis anos de promulgação da lei 10.639//03 da Educação e por que, ainda hje, não foi implementada de fato?
Porque as escolas mesmo realizando belíssimos projetos sobre a temática racial, não brigaram pela sua efetiva implementação, por que essa timidez?
Por que pais, professores e gestores, ainda não perceberam, que o cerne de várias discussões entre os alunos, causadores de práticas violentas na escola, o racismo está presente.
Por que, ao partilhar espaços como este, e ao ler cartas como da companheira Ana Carla (q nem conheço) no blog do meu irmão , Nelson Maka
http://gramaticadaira.blogspot.com/ sobre o Negrocídio Juvenil, insisto em me questionar, que país é este?!
Que identidade "Branca" é esta, que tantos buscam, em país que viveu 300 anos de escravidão de homens e mulheres pretos?
Por que ao falar de Cota racial, os corpos de mexem mais ainda?
Por que?
Por que?
Eles tem medo de quê?
Axé
Luciana Matias
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